Corumbá

Corumbá agrega valor à história do desenvolvimento de Mato Grosso do Sul

 

Com sanção presidencial de Ernesto Geisel, foi fundado, em 11 de outubro de 1977, o Estado de Mato Grosso do Sul. No entanto, a sessão solene de instalação da nova unidade federativa só ocorreu em 1º de janeiro de 1979, quando Harry Amorim Costa foi designado pelo presidente como governador. Na mesma data, tomaram posse 18 deputados eleitos no dia 15 de novembro do ano anterior. Campo Grande passou a ser a Capital do Estado. Hoje, ao ser celebrado os 40 anos de Mato Grosso do Sul, sua população tem muito o que comemorar.

Com economia voltada para a pecuária e agricultura, tendo ainda uma das maiores jazidas de minério do mundo (em Corumbá), e bastante movimentado pelo turismo nacional e internacional, está na lista dos dez Estados mais competitivos do Brasil. A última consultoria britânica feita pela Economist Intelligence Unit (EIU), o Centro de Liderança Pública (CLP) e a Tendências Consultoria, analisou a competitividade de cada uma das 27 unidades da federação. Mato Grosso do Sul é o 5º no ranking geral dos Estados e no balanço de notas que variam de 0 a 100, obteve 64,2 pontos em solidez fiscal, 74,3 pontos no item eficiência da máquina pública, 70 pontos em sustentabilidade social e 71,4 pontos em potencial de mercado. O índice geral ficou com 62,7 pontos, acima da média.

Atualmente, estão estabelecidos na unidade federativa 79 municípios com mais de 2,6 milhões de habitantes. Corumbá é a quarta cidade mais populosa do Estado, com 109.899 moradores, perdendo para Campo Grande (874.210), Dourados (218.069) e Três Lagoas (117.477). O município pantaneiro é um dos mais importantes do Estado, sendo uma das cidades mais antigas, com recém completados 239 anos, e com momentos marcantes para a história do Brasil. Corumbá protagonizou a Guerra do Paraguai e tem um porto fluvial que já foi considerado o terceiro maior da América Latina. Na arquitetura, o município tem o maior conjunto arquitetônico do estilo Art Déco do País.

Corumbá agrega 60% do pantanal sul-mato-grossense, santuário ecológico considerado pela Unesco como Reserva da Biosfera e Patrimônio Natural da Humanidade. É o maior município da região fronteiriça com a Bolívia, onde vivem cerca de 170 mil pessoas, considerando Ladário e as cidades bolivianas Puerto Quijarro e Puerto Suarez. É uma cidade com vasto potencial turístico e para conhecê-la vêm turistas de todas as partes do mundo. Em 2016, Corumbá recebeu 217 mil turistas, sendo um terço deles estrangeiros.

“Corumbá contribuiu e continua contribuindo muito para o desenvolvimento de Mato Grosso do Sul. Fazemos parte da história desse Estado que é grandioso por natureza e robusto pela prosperidade econômica. Nossa cidade abraça diversos povos, temos nossas peculiaridades, mas vivemos uma pluralidade de culturas. Nossa história prova o quanto somos importantes para o Estado e para o próprio Brasil e, por isso, vamos continuar escrevendo, com relevância, a biografia de Mato Grosso do Sul. Estamos fazendo nossa parte, ajudando uma das entidades federativas mais importantes do Brasil impulsionando sua economia, valorizando sua cultura e promovendo melhor qualidade de vida à sua população”, afirmou o prefeito Ruiter Cunha de Oliveira.

“Ser corumbaense significa ter muito orgulho de nossa cidade, das nossas histórias, da nossa cultura, das nossas tradições. Ter um jeito próprio de falar, de se relacionar com a natureza pantaneira à nossa volta. O corumbaense se orgulha de brincar o carnaval mais animado do Centro-Oeste brasileiro, de fazer uma festa cultural única no país – o Banho de São João – e de ser apaixonado por futebol – inclusive com o atual campeão estadual. Significa também enfrentar um forte calor diariamente e trabalhar duramente para superar, a cada dia, décadas e mais décadas de isolamento geográfico e construir uma cidade mais acolhedora e confortável. É transformar diversos elementos históricos numa vida cotidiana simples, mas, acima de tudo, muito alegre e focada no presente”, completou Ruiter.

Sobre a bandeira

Com a criação do Estado, a bandeira de Mato Grosso do Sul foi instituída pelo Decreto Estadual nº1 de 1º de janeiro de 1979 e projetada por Mauro Michael Munhoz. Nas palavras do próprio criador, o amarelo da estrela representa as riquezas do Estado, fruto do trabalho do povo, e que “brilha no céu azul da esperança”. O azul é exatamente a representação do céu sul-mato-grossense e da esperança do povo.

O verde representa a riqueza das matas e dos campos, a grandeza natural. O branco simboliza a paz e a amizade entre os povos. O idealizador da bandeira explica: “As metas e os campos do nosso Estado representam um desafio, mas ao mesmo tempo, a consciência da preservação do nosso verde, de nosso tesouro maior, que é a própria natureza. Nós somos o Estado do equilíbrio, onde chaminés siderúrgicas e áreas florestais coexistirão pacificamente, lado a lado. Entre o verde e o azul, na convergência prática de todas as nossas atitudes, nós somos a faixa branca do porvir, a alvidez serena da amizade entre os povos”.